A cada dia que passa, as cadeias de suprimentos estão mais complexas e com fluxos de produtos, dinheiro e informações maiores que há alguns anos. Portanto a ruptura operacional de uma dessas cadeias, mesmo que por curtos intervalos, pode gerar grandes prejuízos e requerer esforços significativos até seu restabelecimento.
Então, prever e antecipar problemas deste tipo é o papel do gerenciamento ou gestão de riscos.
Certamente, a principal dificuldade no gerenciamento da cadeia de suprimento é a formação de várias vertentes e a sua eficiente coordenação. Consequentemente isso requer o gerenciamento de um fluxo complexo de informações, de materiais e de recursos financeiros, através de várias áreas funcionais dentro e entre as empresas integrantes da cadeia.
Além disso, a incessante busca das empresas por velocidade e redução de custos tende a causar colapsos na cadeia de suprimento, pois esta se apresenta cada vez mais enxuta e mais integrada. Assim, o problema em uma das conexões afeta outros processos da mesma cadeia ocasionando maiores incertezas.
O que é gestão de riscos
Conforme a ISO 9001:2015, o risco pode ser visto como o efeito da falta de certeza nos objetivos, sendo eles negativos ou positivos.
Portanto a gestão de risco é reconhecida como um grupo de atividades e ações estratégicas, como para administrar, identificar, conduzir e prevenir riscos relacionados a uma determinada tarefa ou ramo de atividade.
Então, o gerenciamento de riscos é um processo que busca o equilíbrio eficiente entre as oportunidades de ganhos e a redução das perdas. Inclusive é uma das práticas de gestão e um elemento essencial para um bom andamento da corporação.
Além do mais o risco na cadeia de suprimentos é qualquer ameaça de parada do funcionamento do processo. Ele pode ser gerado tanto por fatores internos ou externos à empresa. Sobretudo os fatores externos são as áreas de risco mais comuns e que mais preocupam as empresas, por se tornarem incontroláveis justamente pela seu surgimento ser no ambiente externo a organização.
Principais riscos no transporte de cargas
A movimentação de cargas no Brasil enfrenta diversos desafios diários. Além de uma infraestrutura precária, fatores externos como roubos, extravios, avarias ou multas e até mesmo risco de falência são os mais comuns encontrados no setor logístico nacional.
Por isso, é indispensável optar por operadores logísticos que ofereçam um serviço com qualidade e segurança.
Vamos listar os 3 principais riscos para que você possa preveni-los e evitar gastos extras durante o processo:
1. Roubo de carga
Segundo o Portal Transporta Brasil, a logística brasileira perde mais de R$ 170 milhões todos os anos devido ao roubo de cargas.
Inclusive, informações da consultoria FreightWatch International mostram que mais da metade das cargas furtadas no Brasil não são recuperadas.
Sendo assim, procure por transportadoras que tenham uma boa reputação no mercado, além de se assegurar que as taxas de seguro de carga foram efetuadas em dia.
2. Extravios, avarias ou multas
Garantir a integridade da carga é uma preocupação na hora de contratar uma transportadora. Sobretudo, a mercadoria precisa chegar ao seu destino em condições perfeitas de armazenagem e comercialização.
Se as cargas que você despacha forem de grande volume e valor, talvez um erro na contratação da transportadora possa render resultados negativos.
Portanto é importante sempre verificar o know-how da transportadora na movimentação das cargas, já que uma má gestão das transportadoras pode causar eventuais multas e interceptações Federais, devido a ausência de documentos exigidos no transporte.
3. Falência da transportadora
Uma pesquisa da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) indicou uma defasagem expressiva do valor do frete no Brasil (24,83% na carga lotação e 11,77% na carga fracionada).
Em resumo, para as transportadoras, isso representa uma grande perda nas finanças. Porém, em momentos de crise, é impossível se cogitar a possibilidade de um aumento nos valores do frete. Desta forma, diversas transportadoras é que absorvem os prejuízos. Portanto, a médio e longo prazo, isso resulta em abandono da carga e prejuízos para os clientes com a falência da operadora logística.
Então é necessário tomar consciência de que todos os riscos podem e devem ser identificado, analisados e resolvidos da melhor forma possível, avaliando se devem ser tratados, mitigados ou aceitos.
Certamente a necessidade de implantar a gestão de riscos na logística é latente, todos os planos de ação devem ser previamente desenhados. Porém isso não pode ser feito de maneira empírica e isolada, mas deve ser conduzida de forma sistematizada.
E você, como é gerenciada a gestão de riscos logísticos na sua empresa?
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