Transporte aéreo de artigos perigosos: cuidados necessários

por | Logística, Transporte aéreo de carga

O transporte aéreo de artigos perigosos envolve riscos, sendo preciso adotar os cuidados necessários para evitar problemas no decorrer do deslocamento. 

Falhas no transporte podem causar prejuízos para o meio ambiente e para as comunidades locais, além de afetar a saúde e segurança das pessoas envolvidas. Por isso, é essencial seguir a regulamentação específica para o transporte de artigos perigosos.

Recentemente, publicamos um artigo em que listamos algumas dicas para escolher a melhor empresa para realizar o transporte de cargas perigosas.

Já neste artigo, você encontra mais detalhes a respeito dos aspectos definidos pela legislação em vigor.

Qual é a legislação para o transporte aéreo de artigos perigosos?

As determinações para o transporte aéreo de artigos perigosos estão estabelecidas no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, RBAC n. 175, emenda 03, intitulado Transporte de Artigos Perigosos em Aeronaves Civis, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). 

De fato, este regulamento trata de todos os aspectos que envolvem o transporte aéreo de cargas perigosas, inclusive a sua classificação e requisitos para evitar riscos. Isso é de extrema importância, pois cada artigo perigoso implica em um tipo de risco, exigindo uma regulamentação detalhada sobre as embalagens, documentação e rotulagem para o transporte aéreo de cada artigo perigoso. 

Para começar, o RBAC n. 175, emenda 03, no tópico 175.5, estabelece que o transporte aéreo civil só pode receber artigos perigosos para transporte, se estes estiverem “devidamente classificados, documentados, certificados, descritos, embalados, marcados, etiquetados e nas condições requeridas para expedição por este Regulamento”.

A classificação dos artigos perigosos é tratada da seguinte forma:

  • Classe 1 – Explosivos; 
  • Classe 2 – Gases;
  • Classe 3 – Líquidos inflamáveis;
  • Classe 4 – Sólidos inflamáveis;
  • Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;
  • Classe 6 – Substâncias tóxicas e substâncias infectantes;
  • Classe 7 – Material radioativo;
  • Classe 8 – Substâncias corrosivas;
  • Classe 9 – Substâncias e artigos perigosos diversos.  

Cuidados necessários para o transporte aéreo de artigos perigosos 

Conforme o RBAC n. 175, emenda 03, diversas medidas devem ser adotadas para garantir os cuidados necessários para o transporte aéreo de artigos perigosos. Veja a seguir:

Especificações para as embalagens  

De acordo com o tópico 175.201, do regulamento da ANAC, os artigos perigosos a serem transportados devem ser acondicionados em embalagens de boa qualidade. Além disso, devem ser resistentes para suportar impactos durante o deslocamento.

As embalagens devem oferecer condições para evitar que ocorra qualquer perda de conteúdo durante o deslocamento. Por isso, devem ser elaboradas e fechadas conforme as orientações fornecidas pelo fabricante.

O regulamento destaca que as embalagens devem ser apropriadas ao seu conteúdo, ou seja, devem ser resistentes e adequadas conforme as necessidades de cada artigo. 

As embalagens internas devem ser reembaladas, protegidas ou acolchoadas dentro de uma embalagem externa, visando evitar que se quebre ou ocorra algum vazamento. Além de servir para controlar a movimentação do artigo perigoso dentro da embalagem externa.

Para reutilizar uma embalagem, é preciso verificar se não está contaminada por algum artigo perigoso. 

Especificações de responsabilidade do expedidor 

Conforme o tópico 175.251, do regulamento da ANAC, cabe ao expedidor assegurar que todos os requisitos sejam cumpridos para o transporte aéreo de artigos perigosos. 

Para começar, o expedidor deve garantir que os artigos perigosos a serem deslocados podem ser transportados por via aérea. Assim como, deve atestar que a classificação, embalagem, marcação e etiquetas estejam de acordo com os critérios estabelecidos para o artigo perigoso em questão. 

Os volumes devem ser marcados com o nome apropriado para o embarque do seu conteúdo. Todas as marcas devem ser dispostas nas embalagens de modo a não serem obstruídas ou cobertas por qualquer outro elemento, de qualquer tipo. Além disso, devem ser duráveis e impressas, estando visíveis e legíveis e exibindo um fundo de cor contrastante.

Especificações de responsabilidade do operador aéreo 

Conforme o tópico 175.251, do regulamento da ANAC, cabe ao operador aéreo conferir junto ao expedidor acerca do artigo perigoso a ser transportado, além de verificar a documentação e as embalagens se estão conforme os critérios estabelecidos.

O transporte aéreo de artigos perigosos deve ser realizado em um compartimento de carga, não podendo estar no mesmo espaço que os passageiros ou cabine de comando. 

Além disso, as cargas perigosas devem ser acomodadas de modo a serem protegidas e evitar que se movam no decorrer do deslocamento.

A Prestex oferece os serviços que a sua empresa precisa 

O sucesso de uma operação logística depende da eficiência das partes. Por isso, é fundamental pesquisar cuidadosamente antes de contratar um parceiro para ser o responsável pelo transporte de artigos perigosos.

Há mais de 20 anos no mercado, a Prestex está plenamente habilitada e dispõe de expertise e experiência para esta tarefa. 

Com ética, respeito e compromisso com a segurança, a Prestex mantém processos e procedimentos efetivos para a execução de embarques, baseando-se em um programa de treinamento que envolve desde a preparação inicial até a formação de profissionais em cursos reconhecidos pela ANAC.

Além disso, a Prestex é licenciada pelos principais órgãos regulamentadores do transporte de artigos perigosos: Polícia Civil, Polícia Federal, Exército e IBAMA, e está homologada pela CETESB para transportar resíduos para a destinação final.

Solicite um contato de nossa equipe:

SAIBA MAIS
0 comentários
4 principais desafios em logística

4 principais desafios em logística

Quando falamos em logística, o primeiro pensamento costuma ser relacionado a transporte e entrega. Mas, na prática, os bastidores dessa operação envolvem muito mais do que isso — especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil. Empresas de todos os...

ler mais
Previsão de demanda para logística B2B

Previsão de demanda para logística B2B

A logística B2B vem passando por uma profunda transformação. Com o cenário econômico mais desafiador e a pressão por entregas cada vez mais rápidas, prever a demanda deixou de ser uma vantagem competitiva e passou a ser uma necessidade para empresas que atuam no...

ler mais
Gestão logística: o que é e onde é aplicada 

Gestão logística: o que é e onde é aplicada 

Muitas pessoas ainda pensam na gestão logística apenas como algo relacionado ao transporte. Embora o transporte seja uma parte essencial da logística, o conceito vai muito além, envolvendo diversas áreas fundamentais para o sucesso organizacional. Uma boa gestão...

ler mais