A chegada de novos medicamentos ao Brasil para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade (off label), como o tão esperado Mounjaro (tirzepatida) da Eli Lilly, tem gerado grande expectativa entre pacientes e profissionais de saúde. Entretanto, tão importante quanto a prescrição médica e o acompanhamento adequado, é garantir que esses medicamentos, que precisam de refrigeração, cheguem ao consumidor em perfeitas condições e também sejam armazenados em casa de forma adequada para o uso correto e resultado esperado.
Segundo a farmacêutica e especialista em assuntos regulatórios, Mônica Lima, os medicamentos injetáveis para diabetes tipo 2, como insulinas NPH, tirzepatida (comercializado como Mounjaro), semaglutida (como Ozempic, Wegovy, Rybelsus) são termolábeis, ou seja, são altamente sensíveis às mudanças de temperatura e o ideal é que sejam conservados entre 2º e 8ºC. “Se expostos a temperaturas elevadas, os termolábeis podem diminuir a eficácia, reduzir a vida útil e até mesmo favorecer a proliferação de fungos e bactérias, colocando em risco a saúde dos pacientes, além de gerar prejuízos financeiros, lembrando que se trata de medicamentos com valores bem elevados”, explica. A farmacêutica ressalta também a importância de sempre consultar a bula, que além de indicar a temperatura ideal, traz as orientações necessárias de armazenamento e transporte, em casos de viagem, por exemplo.

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